Também são cada vez mais as empresas que se têm deixado levar pelos encantos desta cidade. E muitas do ramo do imobiliário e da domótica vão estar reunidas no Imobinvest – Salão do Imobiliário que vai arrancar esta sexta-feira, dia 25 de março de 2021, na Alfândega do Porto. A propósito do evento, o idealista/news foi medir o pulso ao mercado residencial do concelho da Invicta e também do Grande Porto. Vem daí nesta viagem pelos dados.
Na região Norte de Portugal, há um concelho banhado pelo rio Douro que salta à vista: o Porto. Esta é “uma cidade cada vez mais cosmopolita, com uma atratividade e qualidade de vida ao nível das cidades europeias de referência, com uma atividade económica vibrante a nível empresarial, uma capacidade crescente de criação e manutenção de emprego”, resume Susana Rodas, diretora de marketing e vendas no Antas Atrium (Albatross|Quantico).
A segurança, a “boa” mobilidade, a oferta de escolas e de saúde no Porto, a par do “carácter e genuinidade das pessoas que nela habitam” são vários pontos destacados por Rita Apolinário, responsável pelo negócio da mediadora imobiliária Habita. E não esquece o empreendedorismo que se faz sentir neste município, até porque “o Porto está reconhecidamente atrativo também para as start-ups”, indica.
Um dos melhores locais para viver
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Um dos melhores locais do país para viver
E há vários motivos que o explicam. Aqui encontramos “um conjunto de municípios de média dimensão, que se complementam entre si, através das suas valências comerciais e industriais”, começa por argumentar Domingos Silva, sócio-gerente da imobiliária Predial Parque. E, depois, esta dinâmica vai “atraindo cada vez mais, pela sua diversidade, segurança e qualidade de vida, famílias de diferentes zonas, nacionais e estrangeiras, para nela fixarem a sua residência”, disse ainda o especialista em imobiliário.
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Oportunidades de negócio multiplicam-se pelo Grande Porto
Contam-se 17 municípios que fazem parte do Grande Porto e aqui existem “excelentes oportunidades de investimento e de emprego em todas as áreas”, garante Domingos Silva que trabalha no ramo imobiliário há 37 anos. E o mesmo confirma Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICOOPN): “os investidores, os promotores imobiliários e as empresas do setor da construção e do imobiliário sentem-se bem no Grande Porto, este é um espaço privilegiado para o desenvolvimento da sua atividade, com uma evolução positiva e níveis de procura crescentes em domínios como a reabilitação urbana e a habitação”.
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Como estão a evoluir os preços das casas no Porto? E no distrito do Porto?
Quem escolhe o Porto para viver, ou um dos municípios que pertencem ao Grande Porto, depara-se com uma realidade evidente: as casas estão a ficar mais bonitas e funcionais, mas também cada vez mais caras. E este cenário de subida dos preços é “preocupante” aos olhos de Isabel Sousa, diretora comercial da imobiliária Porta 88.
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Quais os concelhos do Grande Porto com preços mais baratos? E mais caros?
A partir dos dados mais recentes do idealista/data podemos ver que os preços unitários das casas aumentaram em 13 dos 17 municípios da AMP. E em oito os preços subiram 10% ou mais entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Foi em Paredes, onde os preços das casas mais subiram entre estes dois momentos (+23%), fixando-se nos 1.207 euros/m2 em janeiro deste ano. Logo a seguir está a Trofa (+20%) e a Maia (+19%).
No lado oposto da tabela está “Arouca (-16%), Vila do Conde (-2%), Santo Tirso (-2%) e Valongo (-1%), [que] sofreram descidas nos seus preços unitários em janeiro de 2022 comparativamente a janeiro de 2021”, sublinham os especialistas do idealista/data.
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O mercado de arrendamento será uma alternativa para viver no Porto?
Ao que tudo indica não. “O mercado de arrendamento não foge à regra, sendo que, neste caso, a procura também é superior à oferta, o que aliado ao preço dos imóveis e à carga fiscal que incide sobre este tipo de rendimento, implicou o aumento do valor das rendas”, refere Domingos Silva.
“O principal desafio do mercado imobiliário do Grande Porto e, designadamente do município do Porto, será garantir a produção de habitações mais sustentáveis, com uma forte componente digital e voltadas para o conforto das famílias, bem como aumentar a oferta no sentido de contribuir para o equilíbrio entre a oferta e a procura”, refere ainda o sócio-gerente da Predial Parque.
Fonte: Idealista